“UMA
ÁFRICA QUE EU CONHEÇO”
Uma
terra de encantar que carrega em cada pedaço de seu chão, a história mais
bonita e colorida. Um povo soberano de tradições solenes e rítmo alegre.
ÁFRICA!
Sonho
de Nkrumah, de Senghor e de Cesarie. Menina dos olhos de Amílcar cabral, Neto e Mandela. Continente de luta incessante não obstante,
ostentar sorrrisos de profunda esperança e alimentar crenças movidas por uma fé
sobrenatural e mística.
Está
é a África que eu conheço. Não apenas um terceiro mundo, negro esquecido e
julgado pela Humanidade. Não apenas um monte de terra abarrotado de gente com
fome, cheia de recursos naturais que alimentam a Ganância de uns e saciam a
sede de poder de outros. Sustentando e promovendo guerras entre irmãos e a
exploração dos povos, construindo castelos de areia por cima de ondas de
corrupção. Não apenas um paraíso para as epidemias tropicais e para o vírus da
Sida. Mas sim, um continente berço da Humanidade que alberga os lugares mais
incríveis, com as paisagens mais belas e o povo mais acolhedor e vulnerável,
cuja história e identidade foram um dia distorcidas.
Falo
da África das planícies e dos belos lagos e rios, dos montes, montanhas e
grutas mágicas, dos desertos e pirâmides, das lendas, contos e mitos, dos Reis, Sobas e Príncipes, das famílias numerosas e unidas, dos valores e princípios
tradicionais que traçam personalidades de homens e mulheres honrados. A África
dos ritmos e sons dançantes, que fizeram nascer e inspiraram vários outros
estilos que predominam em diversas partes do mundo.
África
das cores quentes e vivas, da gastronomia diversificada com sabores intensos,
únicos e inesquecíveis. África dos tambores, da marimba e do batuque, aquela
que inspira os poetas, pintores e escultores.
África
das mulheres fortes e líderes natas,
das belíssimas meninas de cabelo natural e pele lisa. África dos homens velozes
e resistentes, que dominam os desportos olímpicos. África de pequenos e grandes
inventores. África rústica de céu estrelado e lua branca e redonda. África
selvagem dos safaris e das florestas densas que invejam o mundo, África que
respeita e entende a mãe natureza. África que respeita e preserva a importância
das famílias e das comunidades. África do amor ao próximo, África de negros,
brancos e mestiços, África de simples seres humanos a viver em Harmonia...
Está
é a minha África, a minha mamã AFRIKA.
Aquela que eu sonho ver emancipar-se de vez, desfazer-se do ódio alimentado
pelo passado e crescer, ultrapassar as fronteiras e unir-se, de norte a sul, de
este a oeste, uma só África, uma só força. Esta é a África que eu respeito e
amo. Aquela que é mãe da minha Angola e no fundo é mãe de toda a humanidade.
Viva
a mãe África!
Mira Clock
(Ana
Ramalheira)