quinta-feira, 31 de julho de 2014

“UMA ÁFRICA QUE EU CONHEÇO”





“UMA ÁFRICA QUE EU CONHEÇO”
Uma terra de encantar que carrega em cada pedaço de seu chão, a história mais bonita e colorida. Um povo soberano de tradições solenes e rítmo alegre. ÁFRICA!
Sonho de Nkrumah, de Senghor e de Cesarie. Menina dos olhos de Amílcar cabral, Neto e Mandela. Continente de luta incessante não obstante, ostentar sorrrisos de profunda esperança e alimentar crenças movidas por uma fé sobrenatural e mística.

Está é a África que eu conheço. Não apenas um terceiro mundo, negro esquecido e julgado pela Humanidade. Não apenas um monte de terra abarrotado de gente com fome, cheia de recursos naturais que alimentam a Ganância de uns e saciam a sede de poder de outros. Sustentando e promovendo guerras entre irmãos e a exploração dos povos, construindo castelos de areia por cima de ondas de corrupção. Não apenas um paraíso para as epidemias tropicais e para o vírus da Sida. Mas sim, um continente berço da Humanidade que alberga os lugares mais incríveis, com as paisagens mais belas e o povo mais acolhedor e vulnerável, cuja história e identidade foram um dia distorcidas.

Falo da África das planícies e dos belos lagos e rios, dos montes, montanhas e grutas mágicas, dos desertos e pirâmides, das lendas, contos e mitos, dos Reis, Sobas e Príncipes, das famílias numerosas e unidas, dos valores e princípios tradicionais que traçam personalidades de homens e mulheres honrados. A África dos ritmos e sons dançantes, que fizeram nascer e inspiraram vários outros estilos que predominam em diversas partes do mundo.
África das cores quentes e vivas, da gastronomia diversificada com sabores intensos, únicos e inesquecíveis. África dos tambores, da marimba e do batuque, aquela que inspira os poetas, pintores e escultores.

África das mulheres fortes e líderes natas, das belíssimas meninas de cabelo natural e pele lisa. África dos homens velozes e resistentes, que dominam os desportos olímpicos. África de pequenos e grandes inventores. África rústica de céu estrelado e lua branca e redonda. África selvagem dos safaris e das florestas densas que invejam o mundo, África que respeita e entende a mãe natureza. África que respeita e preserva a importância das famílias e das comunidades. África do amor ao próximo, África de negros, brancos e mestiços, África de simples seres humanos a viver em Harmonia...

Está é a minha África, a minha mamã AFRIKA. Aquela que eu sonho ver emancipar-se de vez, desfazer-se do ódio alimentado pelo passado e crescer, ultrapassar as fronteiras e unir-se, de norte a sul, de este a oeste, uma só África, uma só força. Esta é a África que eu respeito e amo. Aquela que é mãe da minha Angola e no fundo é mãe de toda a humanidade.
Viva a mãe África!


Mira Clock 
(Ana Ramalheira)

SIM! VALE A PENA SER MULHER




SIM! VALE A PENA SER MULHER

Não sei se existe alguma mulher algures no mundo, que nunca amaldiçoou o facto de ter nascido mulher...
Nascemos marcadas para a luta. Somos vítimas de nós mesmas. Não precisamos de outros adversários pois, encontramos em nós dezenas de inimigos, inatos e adquiridos com o tempo. Porém, se fosse possível escolher, de certeza que poucas aceitariam trocar de lugar.
O nosso corpo é um verdadeiro campo de batalha. Estamos em guerra acesa todos os dias. Quando somos jovens e belas somos mais seguras e confiantes mas também somos mais sensíveis e vulneráveis. A nossa sensibilidade e o excesso de hormonas faz-nos chorar rios, rir até cair, fantasiar paixões, amar desesperadamente, perder o juízo e o chão, sentir calor e emoção, como se tudo escapasse das nossas mãos.
Depois  amadurecemos e, descobrimos que somos as melhores a recuperar das quedas. Descobrimos que somos as mais fortes dentre os seres humanos e temos o maravilhoso poder de persuasão e o delicioso poder da sedução. Já somos mais cautelosas em nossas escolhas e mais frias na hora de tomar decisões.
Outrossim, postos um pouco de lado os problemas emocionais, encontramos imediatamente outros desafios. O nosso corpo já não é o mesmo, a força da gravidade actuou sobre ele e levou-nos a bendita auto-confiança, as verdades que nos conta o nosso espelho da casa de banho, aleija o nosso ego. Descobrimos coisas horríveis como a celulite, as gorduras localizadas, as estrias, as rugas, os fios de cabelo branco, as quedas aleatóreas de cabelo e outras, muitas outras coisas. Verdadeiros monstros do universo feminino.
Mas ao mesmo tempo, descobrimos alegremente, que nascemos com o previlégio desafiador de gerar vidas. Abdicamos de tudo o que é superficial em troca de um amor maior. Filhos. Os grandes tesouros que nos dão o maior dos títulos, o título de mãe. A grandiosidade de cuidar, educar e moldar um ser humano. Fazer de tudo para proteger, tentando não sufocar, fazer de tudo para os ver acertar, tentando aceitar os seus erros e amando-os simplesmente, sem pedir ou esperar nada em troca.
Ser mulher é um prazer complexo. Só nós conseguimos entender a lógica e gozo em passarmos horas dentro de um salão de beleza, usarmos saltos altos e roupas nem sempre confortáveis, apenas para receber um elogio de quem amamos. Só nós conhecemos a alegria que dá ouvir um filho dizer que somos as melhores do mundo, mesmo quando sabemos bem o que quer ganhar, com tal afirmação. Só nós sabemos qual é a exaltação que sentimos quando um homem não resiste ao nos perseguir com o seu olhar quando caminhamos pela rua, exalando independência e liberdade. Só nós percebemos porque é tão bom sermos mulheres e o quão especial somos, mesmo quando nos tentam convencer do contrário por medo da nossa grandeza, nós sabemos que somos maiores.
Não é fácil, é verdade. Mas é prazeroso e único. Somos mais do que o sexo Forte. Somos o SEXO BELO. Carregamos em nós a essência da vida, só por isso, sem precisar acrescentar nada. Sim, vale a pena ser MULHER. HOJE E SEMPRE.

Feliz dia da mulher Africana! Para todas as mulheres de Angola e do resto de África.


Mira Clock  (Ana Ramalheira)

31-07-14
FELIZ DIA DA MULHER AFRICANA!