sábado, 29 de setembro de 2012

“De dentro para fora de mim”


Hoje resolvi ser eu! Apenas eu! Sem adicionantes ou extras. Resolvi despir-me de todas as máscaras e defesas que criei ao longo dos anos. Hoje falarei de mim sem medo de parecer vulnerável, sem vergonha ou receio de ser julgada, contarei a minha história real, na sua íntegra, sem ficções, finais felizes ou licções de superação.

Direi o que sinto sem me contradizer para parecer forte, não sei que raio me atingiu, mas acordei com vontade de atirar pela garganta a fora tudo o que me atormenta.
Não aguento mais carregar nos ombros a imagem sorridente de rapariga firme e exemplar que pintei para mostrar ao mundo, enquanto por dentro estou podre, triste e magoada. Cheguei ao meu limite!

Não consigo mais engolir o choro, menti para mim mesma tantas vezes que era feliz e segura que mesmo quando me apetece não consigo demonstrar consternação, não consigo chorar a frente de outras pessoas, nem mesmo da minha própria mãe...

Já cheguei a pensar que estava seca por dentro, que não mais tinha lágrimas para chorar, que nenhuma dor era capaz de me abalar, mas estava enganada, redondamente enganada, pois descobri da pior maneira que sou fraca e insegura e quando a dor chegou, não só abalou com acabou comigo, levou todos os sorrisos, desfez o meu orgulho em pequenos pedaços e só restou um ser sem brilho ou vontade de viver, uma mulher sem amor, um coração gelado, uma alma vazia.

Sim! Essa sou “eu” agora! A sem rumo, que anda aos trambolhões, louca e sem vaidade, muda e com saudades, vagueiando pelos escombros da ilusão, apavorada com a solidão.
Eu, simplesmente eu.

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