segunda-feira, 13 de maio de 2013

E aqui, abro o meu coração...





Eis-me aqui outra vez, sentada nessa cadeira fria e dura, debruçada sobre um pedaço de papel branco, com uma caneta na mão e, parece que no meio da escuridão e do vazio que me consomem, apenas isso faz sentido.
Apenas quando escrevo, sinto que restam em mim, alguns suspiros de vida. Mas dessa vez, não sei por onde começar. É tudo tão monótono e triste, que até os ventos da inspiração, negam-se a voar por aqui...
Sinto a minha alma abandonar o meu corpo, a cada segundo que ultrapassa o outro, tal como as minhas forças e o meu ânimo, até eles estão fartos de mim. Sou um ser sem amor e sem razão, vivendo por viver, como que, sem motivo  ou razão aparentes.
Pois é, parece drama. Eu sei.
Mas quem me dera o fosse.

Apetece-me chorar, pois, talvez assim, de alguma forma, me sentisse melhor. Porém, nem disso eu sou capaz. Estou seca por dentro, não restou uma única lágrima para molhar os meus olhos. é o resultado de uma vida sem amor, sem amor, pelo menos, não correspondido. Pois sinto muito amor, por todas as coisas vivas, orgânicas e inorgânicas, visíveis e não visíveis, sinto amor pela vida e pela HUMANIDADE. Tenho o peito a explodir de tanto amor mas, não o posso deixar fluir e, desta sorte, sinto-me sufocar.

Tenho saudades de sentir, saudades. Tenho vontade de voltar a sentir, desejo, afecto, paixão e medo. Medo de abdicar, de amar demais e me perder, medo de demonstrar medo, medo de depender.
Contudo, o grande medo que me atormenta agora, é o ecoar assombroso do tempo com o seu passar. Tenho medo, que me molde a solidão dos dias e me torture com a ideia de nunca mais ser verdadeiramente amada, não obstante, estar cheia de amor para dar...

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