Aqui estou amiga
No âmago da solidão
Marcada por uma desventura desmedida
No estrondoso silêncio da madrugada
Apenas oiço o gotejar das lágrimas
E os soluços contidos
De um pranto que tende ser infinito
Meu desalento é tão profundo
Que já nem me é permitido sonhar
Só posso ver a dura e cruel realidade
Estampada em meu pensar
E a verdade confronta o meu olhar
Com tamanha frieza
Oferece-me o desalento
De um adeus forçado
E os dias parecem anos na terra dos solitários
Aonde reconheço o profundo do meu choro
E a escadaria frustrada do recomeçar
Amiga! Nunca caí tão fundo
Estou a margem da felicidade
Além dos sorrisos
Numa ausência insuportável
Em minha desagradável presença …
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